Zhen Long: O Renascimento do Clã - Capítulo 03
CAPÍTULO 3 – O GAROTO DA MÁSCARA DE OURO
A Pantera das Neves desceu silenciosamente da árvore, seus olhos fixos no garoto abandonado. Ele estava caído no chão, a máscara dourada ocultando suas expressões. Seus pequenos ombros tremiam, mas nenhum som de soluço era ouvido.
A Pantera avançou, mordendo suavemente as roupas do garoto e começou a arrastá-lo, subindo a montanha com agilidade impressionante. Mesmo assim, o menino não resistiu; seu corpo parecia fraco e sem reação.
No meio do caminho, a Pantera encontrou o Rei Cobra, que ainda limpava o percurso para subir e descer a montanha até o lago.
Ao ver o garoto, o Rei Cobra salivou e sentiu vontade de devorá-lo. Ele investiu rapidamente, mas a Pantera desviou com um salto ágil, passando por cima da serpente. Ela soltou o garoto e…
“ROOOAAARRR!!”
A Pantera rugiu alto, fazendo o Rei Cobra interromper seu ataque.
Com um movimento de cabeça em direção ao lago, a Pantera comunicou que aquele humano era para seu mestre. O Rei Cobra compreendeu e recuou, desaparecendo no meio das árvores.
A Pantera voltou a pegar o garoto pelas roupas e seguiu caminho até o lago, onde seu mestre estava.
Ao chegar, encontrou Zhen juntando pequenos pedaços de galhos para acender uma fogueira. Sua mão enfaixada estava temporariamente inutilizada.
Zhen se virou e, ao ver o garoto jogado no chão ao lado da Pantera, fez uma cara de surpresa.
“Caralho…”
Ele fez um sinal chamando a Pantera para perto e acariciou sua cabeça.
“Vai… Vai caçar algum bicho pra gente comer.”
A Pantera se virou e sumiu no meio da vegetação.
Alguns minutos se passaram, e o garoto acordou, amarrado a uma árvore com galhos. Ele abriu os olhos lentamente. A máscara dourada escondia sua expressão, mas Zhen percebeu o brilho intenso em seus olhos.
Zhen: “Garoto… Qual é o seu nome?” Zhen perguntou de cima de uma pedra.
“M-Meu nome…? É Yan.”
Yan percebeu que estava amarrado e testou os galhos que o prendiam.
Yan: “Hmph… Me solta.”
Zhen arqueou uma sobrancelha e soltou uma risada curta.
“O moleque acorda já mandando ordem? Tá achando que eu sou seu criado?”
Yan suspirou e recostou a cabeça na árvore.
“Eu não tenho tempo pra isso.”
Zhen: “Nem eu. Mas adivinha? Ainda tô aqui. Então, vai falar ou vai continuar bancando o fodão amarrado aí?”
Yan ficou em silêncio por alguns segundos.
“…Aquele homem me jogou aqui para morrer.”
Zhen se sentou na pedra, apoiando o queixo na mão boa.
Yan apertou os punhos.
“Ele matou meu pai. E agora quer acabar comigo.”
Zhen: “Entendi… E por que ele te odeia tanto assim?”
Yan desviou o olhar, hesitando.
“…Porque eu não deveria existir.”
Zhen franziu a testa.
Zhen: “Tá falando em charada, garoto?”
Yan encarou Zhen por trás da máscara, sua voz carregada de algo sombrio.
“Meu sangue… não é comum.”
Zhen sentiu um arrepio na espinha. Algo naquele garoto era diferente. Ele se levantou e estalou o pescoço.
Zhen: “Bom, seja lá o que for, problema seu. Mas já que tá aqui e ainda respira, vou te perguntar uma coisa.”
Yan esperou.
Zhen: “Quer morrer ou quer ficar mais forte?”
O silêncio se estendeu entre os dois. O vento balçava as folhas ao redor. Então, Yan finalmente respondeu:
“…Eu quero força.”
Zhen sorriu.
Zhen “Ótimo. Então, primeiro, eu te solto. Depois, você me ajuda a acender essa porra de fogueira.”
Zhen se aproximou do garoto e, com um rápido movimento, cortou os galhos que o prendiam. Yan massageou os pulsos e se levantou lentamente, sem dizer nada.
Zhen “Bom, já que ainda tem força pra ficar de pé, pega aqueles galhos ali e faz algo útil.”
Yan olhou para os pedaços de madeira espalhados e, sem discutir, começou a empilhá-los. Ele parecia exausto, mas seus movimentos eram precisos, como se já estivesse acostumado a obedecer ordens sem questionar.
O fogo finalmente iluminou a clareira, lançando sombras dançantes nas árvores ao redor. A Pantera das Neves retornou, carregando um grande javali na boca. Com um salto ágil, jogou-o no chão diante de Zhen.
Zhen “Boa, parceiro! Hoje a gente come direito.”
Ele se virou para Yan.
Zhen: “Você sabe limpar um javali?”
Yan olhou para o animal e assentiu.
“Já fiz isso antes.”
Zhen:”Ótimo. Então, mãos à obra.”
Enquanto Yan trabalhava na carne, Zhen observava com atenção. Apesar da aparência frágil, o garoto tinha habilidade, e seus movimentos eram eficientes, sem hesitação.
A noite avançava, e em meio à densa floresta da montanha, o Rei Cobra descansava no alto das árvores até ouvir um barulho abaixo dele.
Com sua visão térmica, detectou um homem gordo e cinco guardas com tochas em mãos. O homem resmungava, irritado:
“Droga! O prefeito quer a cabeça do garoto. Aquele filho da puta me fez sair da minha casa de madrugada e ainda sumiu!”
O Rei Cobra começou a segui-los silenciosamente, desaparecendo na escuridão da noite.
Momentos depois, um rugido profundo ecoou entre as árvores, reverberando como um trovão distante.
O homem gordo parou, tremendo.
Homem Gordo: “Q-Que porra é essa? Tem monstros aqui? Guardas! Prestem atenção!”
Alguns segundos de silêncio profundo passam, e o homem gordo volta a andar normalmente.
Até que…
Estalos e Quebras: barulhos de galhos quebrando e folhas sendo amassadas.
O homem gordo olha para trás e vê um de seus guardas pisando em um galho.
Homem Gordo: “Idiota! Preste atenção!”
Após mais algum tempo de caminhada, os guardas conversam baixinho. Há estalos sutis de folhas sendo esmagadas, mas eles não percebem.
Um deslizamento suave e silencioso na grama, quase imperceptível, como se algo enorme estivesse se movendo.
Um rugido profundo ressoa na distância, trazendo um arrepio à espinha dos homens, mas eles não conseguem identificar a origem.
O som de batidas rítmicas, como se algo estivesse se aproximando rapidamente, mas ainda invisível na escuridão.
Uma respiração pesada e ofegante, quase como um rosnado, começa a preencher o ar, aumentando a tensão.
Após esses sons, os guardas apontam suas armas para a floresta. O homem gordo olha para a direita, mas ouve um barulho rápido na esquerda e, ao olhar, percebe que seu guarda não está mais ali.
O homem gordo começa a sentir medo e preocupação, até que um grito alto ocorre atrás dele. Como um verdadeiro covarde, ele se joga no chão, tampando o rosto.
Após mais alguns gritos e o som horripilante de membros sendo arrancados, de repente, todos os sons cessam. Um silêncio ensurdecedor toma conta do ambiente.
Tremendo, o homem gordo se levanta e percebe que não há mais ninguém ali além dele mesmo.
Um sussurro de escamas deslizando sobre a terra se torna audível, como se a própria terra estivesse se movendo, mas ainda nada é visível.
O Rei Cobra aparece, imenso e imponente, bloqueando a visão do homem gordo. Seus olhos brilham em um tom verde-azulado, refletindo a luz da lua.
Ao longe, um barulho pode ser ouvido: gritos e pedidos de socorro, que logo desaparecem na vastidão da floresta.
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não tem data de postagem, manda dinheiro que eu agilizo e mais uma coisinha, todo doador tem direito a um grupo no whats pra conversa e dar suas proprias opiniões do capitulo e mudanças ou acontecimentos que gostaria de ver etc, Então quem ja doou e não me mandou o numero, mande aqui nos comentarios pra eu ver e te adicionar, lembrando que preciso do comprovante pra não ter os espertinhos haha, abraço.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: Weslei Junio, O OBSERVADOR.