Akuyaku Reijou Level 99 Watashi wa Ura-Boss desu ga Maou dewa Arimasen - 27

Uma semana depois de Yumiella e Patrick deixarem a Capital Real, Eleanora Hillrose estava correndo por um corredor na propriedade de seu amado pai. Sua urgência poderia ser atribuída ao duque, que a convocara com a mensagem de que havia algo importante que precisavam discutir.

Eleanora chegou ao quarto do pai e entrou sem sequer bater. “Pai!” ela exclamou. “Eu estou! Cheguei!”

O duque pressionou a mão na testa. “Eleanora, você precisa bater quando você entra em uma sala. Além disso, você precisa ficar mais quieta.

“Entendido!” ela respondeu energeticamente.

O duque suspirou e instruiu-a a sentar-se, e Eleanora sorriu de excitação ao se sentar em uma cadeira. Assim que ela se acomodou, o duque entregou-lhe um grande envelope, que ela aceitou com as duas mãos. Ela lançou um olhar perplexo para a carta e mal começava a abri-la quando seu pai falou e a interrompeu.

“Espere aí, isso não é para você”, disse ele, com a voz exasperada. “Eu gostaria que você fosse e entregue-a a Ronald.”

“Então… é uma carta para meu irmão?”

O duque Hillrose assentiu. “Sim está correto. Você deve saber que depois de entregá-la a Ronald, você estará sob os cuidados dele.

“O-ok…?”

Vendo a confusão no rosto de Eleanora, o duque suspirou novamente e decidiu para explicar a ela o que ele quis dizer em termos mais claros. “Com isso quero dizer que você viverá com Ronald por um tempo. Você deve levar qualquer coisa importante para você quando for embora.”

“Ronald e eu vamos fazer uma festa do pijama?!”

Os olhos de Eleanora brilharam enquanto seu coração se encheu de alegria, e ela felizmente começou a refletir em voz alta sobre os muitos itens que deveria trazer consigo. O duque a interrompeu, dando-lhe um aviso severo.

“Lembre-se, você só deve levar coisas que são realmente valiosas para você. Escolha seus itens com cuidado, como faria se soubesse que não seria capaz de devolvê-los.”

O rosto de Eleanora enrugou-se de consternação. “O que? Mas eu não quero isso! Se eu não puder voltar, não poderei ver você, pai!”

“Eu não disse que você não poderia voltar. Eu acabei de dizer que você deveria fazer as malas como se não pudesse. Não se preocupe, nos veremos novamente. Eu te amo, Eleonora.”

“Eu também te amo!” Eleanora respondeu alegremente, saindo da sala sem olhar para trás.”

Tristeza e dor tomaram conta do rosto do pai, mas, de costas, Eleanora não percebeu nada. Mal sabia ela que aquele encontro tinha sido sua última chance de ver seu amado pai.

O Duque Hillrose, agora sozinho em seu quarto, fechou os olhos e conteve as lágrimas desesperadamente. Não houve tempo para ele chorar – ele tinha uma missão a cumprir. Respirando fundo e depois soltando o ar, o duque conseguiu voltar a um lugar calmo. Ele forçou os cantos dos lábios a se curvarem.

“Finalmente chegou a hora de cumprir a missão desta família – liderar uma rebelião contra a família real. Estamos prontos para ir, e tudo o que nos resta fazer é encontrar alguém que continue a trabalhar em direção aos nossos objetivos.”

O duque estava completamente certo de que seu plano daria certo. Ele acreditava que seu filho cuidaria bem das coisas ao receber os documentos que acabara de enviar com Eleanora, que explicavam os detalhes de seu plano.

“Parece que é hora de ir para o condado de Dolkness, então,” o duque murmurou para si mesmo, finalmente ficando de pé.

Seu raciocínio para viajar para o condado de Yumiella era simples: era o território que abrigava a pessoa que o duque estava de olho para se tornar seu sucessor.

Seu plano tinha sido perfeito até este ponto… embora em um aspecto parecesse ter falhado.

•••

Depois de se encontrar com o duque, Eleanora foi para seu próprio quarto, pois foi informada, e agora estava vasculhando seus pertences, escolhendo o que precisava para sua festa do pijama. Enquanto trabalhava, alguém bateu à sua porta, seguido pela voz de um dos criados que trabalhavam na propriedade do duque.

“Há uma carta para você, minha senhora.”

Eleonora fez uma pausa. “Uma carta? De quem é?

“É da condessa de Dolkness.”

“De Yumiella?!”

Eleanora correu até a porta e praticamente arrancou a carta das mãos da criada, radiante ao receber uma carta de sua melhor amiga. Era raro Yumiella estender a mão primeiro – normalmente, Eleanora era quem fazia a mão.

Rasgando o selo da carta com júbilo, Eleanora passou os olhos pelas palavras rabiscadas no interior.

“Está acontecendo!” ela exclamou, de repente levantando o punho no ar. “Por favor, acalme-se, minha senhora”, disse o criado, cansado.

Mas Eleanora não podia fazer isso: a carta continha o anúncio do casamento de Yumiella e Patrick, que aconteceria em seis meses. Tomada de alegria, Eleanora evitou alegremente as tentativas de seu servo de contê-la, saltando alegremente pelo quarto.

“Oh, que ocasião feliz é esta! Eu absolutamente preciso visitar Yumiella e parabenizá-la imediatamente! Por favor, prepare uma carruagem, estou indo para o condado de Dolkness!”

E assim, Eleanora saiu correndo da propriedade do duque, com pouco mais do que as roupas que vestia. Carregando debaixo do braço o grande envelope que seu pai lhe dera, Eleanora correu para o local onde sua amiga estava à espreita, precisando desesperadamente de parabéns.

NT: Como a Yumiella disse 2 capítulos antes, nunca confie em Elenanora pra enviar recados importantes.

Foi assim que o condado de Dolkness se tornou o motivo da comoção prestes a varrer o país de Valschein, que originalmente deveria começar e terminar na Capital Real.